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- 14.05.2022
Piscicultura e Carcinicultura: Tanques em PEAD para criação em cativeiro
Piscicultura e Carcinicultura são duas atividades que estão em pleno crescimento no Brasil e em vários países do mundo.
No entanto, quem investe nesses tipos de cultura, precisa, sobretudo, estar por dentro de toda a infraestrutura necessária para a implantação dos tanques.
Sobre essas culturas e a estrutura necessária é que vamos falar no artigo de hoje. Continue acompanhando.
Piscicultura e Carcinicultura: O que são?
Elas se referem à criação em cativeiro de peixes de água doce e camarões, respectivamente.
Piscicultura refere-se ao cultivo de peixes principalmente de água doce.
A piscicultura é uma atividade praticada há muito tempo, ou seja, existe registros de que os chineses já há cultivavam vários séculos antes de nossa era.
Entretanto, outros registros são de que os egípcios já criavam a tilápia-do-nilo há 4000 anos.
No Brasil, a maior parte das atividades relacionadas ocorre em propriedades rurais comuns, ou seja, a grande maioria, em fazendas dotadas de açudes ou represas.
Utilizando pouca mão-de-obra, a piscicultura nos açudes e represas não conflita com as demais atividades desenvolvidas numa fazenda.
Pelo contrário, é um complemento muito proveitoso, dado que tem a característica básica de reciclar subprodutos e resíduos, sobretudo, transformando-os em proteína animal.
O desenvolvimento da piscicultura brasileira teve por base as espécies exóticas que se reproduzem em tanques e permitem o cultivo controlado.
Especialmente, como é o caso da tilápia.
As tilápias são as espécies mais adequadas para criação em represas e açudes das propriedades rurais.
Portanto, as propriedades agrícolas providas de açudes representam um potencial bastante grande para a produção perene de peixe de alta qualidade e a custos baixos.
Mercado da Piscicultura no Brasil
Segundo a Associação Brasileira da Piscicultura (PEIXE BR) , que fomenta e defende a cadeia da produção de peixes cultivados no Brasil, que em 2019 atingiu 758.006 toneladas, com receita de cerca de R$ 7 bilhões.
A piscicultura gera cerca de 1 milhão de empregos diretos e indiretos.
Ou seja, o Brasil é o quarto maior produtor mundial de tilápia, espécie que representa 57% da produção do país.
Os peixes nativos, liderados pelo tambaqui, participam com 38% e outras espécies com 5%.
Nos últimos seis anos (período de levantamento da Peixe BR), a produção de peixes de cultivo saltou 31% no país: de 578.800 t (2014) a 758.006 t (2019).
Carcinicultura
Carcinicultura é uma técnica de criação de camarões em viveiros.
Sobretudo, o litoral do estado do Rio Grande do Norte e do estado do Piauí são as principais regiões dessa cultura no Brasil.
A carcinicultura marinha é uma alternativa compatível com a crescente demanda de camarões.
Porém, existem denúncias que a atividade no Nordeste brasileiro tem sido responsável por forte impacto ambiental, ou seja, resultando em degradação de grandes espaços de mangues e áreas protegidas que foram cedidas ilegalmente a produtores.
Dentre os crustáceos, os camarões destacam-se não só pelo valor nutritivo que possuem, mas por constituírem iguarias finas tendo consumo em larga escala, principalmente entre as nações mais desenvolvidas.
Aliado ao seu excelente sabor, demonstra grande resistência na criação em cativeiro, sobretudo, permitindo a criação em altas densidades.
Além disso, trata-se de um produto que tem um mercado crescente, uma vez que a cada dia aumenta no mundo a preferência dos consumidores por esse alimento.
Mercado da Carcinicultura no país
Em plena expansão no país, a exploração de água doce tem sido uma atividade econômica bastante expressiva.
Ou seja, nos últimos anos, pelo litoral brasileiro, é a carcinicultura que vem conquistando seu espaço e valor de produção.
O marco para a criação de camarões foi o processo de larvicultura em laboratórios.
A evolução das tecnologias de reprodução foi essencial para a evolução os cultivos em grandes escalas.
Pode se dizer que quase 30% de todo camarão comercializado no mundo é oriundo de cultivo.
Atualmente, entre as principais vantagens para o produtor que investe em camarão estão: curta duração dos cultivos, altos preços do produto no mercado e condições climáticas favoráveis para o cultivo.
Como dissemos acima, hoje a principal região produtora é o Rio Grande do Norte.
No entanto, a técnica já é praticada no Brasil há mais de 30 anos.
Como são feitos os tanques para Piscicultura e Carcinicultura
Provavelmente, durante as suas pesquisas, você vai se deparar com estes dois termos: tanque e viveiro.
Em comum, os dois tem o fato de serem reservatórios escavados na terra para a criação de peixes.
Porém, existem algumas diferenças.
Viveiro é o mais natural, ou seja, por reproduzir mais fielmente as condições em que os peixes naturalmente vivem.
É dotado de um sistema de abastecimento e drenagem da água que faz com que o viveiro encha e esvazie, correntemente, no menor tempo possível.
Portanto, pode ser construído com sistema de barragem (onde corre um curso de água natural, com erguimento de barragem ou dique) ou sistema de derivação (escavado em terreno natural mas abastecido com água controlada).
Já o tanque é bastante semelhante ao viveiro, mas a estrutura é revestida com alvenaria de pedra, concreto ou tijolo.
A principal diferença é que a estrutura é menor que a dos viveiros e o abastecimento é sempre por derivação, especialmente, por nascente, canal ou bombeamento.
Tanques suspensos em geomembrana
O tanque suspenso geomembrana é uma das melhores opções para quem busca eficiência, produtividade e facilidade para a atividade de Piscicultura e Carcinicultura.
Contudo, é um tipo de instalação para prática de piscicultura bastante recomendada por especialistas.
Isso porque apresenta diversas vantagens e um ótimo custo-benefício.
Entretanto, é importante apresentar o projeto ao fornecedor, para que este possa oferecer a melhor opção em tanque suspenso em geomembrana.
Um sistema de tanque suspenso geomembrana é bastante requisitado pelas vantagens que pode oferecer.
Entre as vantagens é o aumento da taxa de produtividade, ou seja, pela facilidade no manuseio e por proporcionar redução de perdas.
A opção por implantar o sistema de tanque suspenso geomembrana garante ao produtor maior frequência na produção de peixes.
Isso porque ele não fica limitado a fabricar apenas uma ou duas safras anuais, pelo contrário.
Sobretudo, pode produzir uma quantidade considerável durante todo ano.
Ou seja, neste sistema, especialmente, é possível obter melhor e maior visualização do processo de produção.
Além disso, maior controle das espécies, facilidade na alimentação, além de se evitar o consumo exagerado de ração por alguns animais, sobretudo, enquanto outros não se alimentam da maneira correta.
Um fator que pode ser considerado grande vantagem é a criação segura.
Ou seja, quando a reprodução é feita em tanques suspensos, são reduzidas as perdas por ataques dos predadores como jacarés, ratos, morcegos, aves ou outros invasores que não se reproduzem no sistema de confinamento.
Outra vantagem em se optar pela instalação de um tanque suspenso geomembrana está no maior controle da temperatura da água.
Isso porque a mesma não irá circular pelo solo ou outro canal que possa interferir em suas características físicas ou químicas.
Utilização do PEAD na Piscicultura e Carcinicultura
Introduzido pelos Noruegueses na aquicultura, o PEAD (polietileno de alta densidade) é hoje o melhor material utilizado na fabricação de tanques-rede.
Isso quando comparado com outros materiais mais convencionais como ferro e alumínio.
O PEAD possui no mínimo 15 anos de tempo de vida útil, o que traduz em o melhor custo-benefício.
Ele está presente não só no Brasil hoje, mas também em países líderes na piscicultura como Noruega, Chile, e China.
Esse fator Isso faz toda diferença na proteção de seu investimento e durabilidade de sua infraestrutura na Piscicultura e Carcinicultura.
As propriedades termoplásticas do PEAD permite com que suas estruturas sejam desmontadas e remontadas em outro local.
Sobretudo, sem comprometer a durabilidade e qualidade de seus tanques.
Além disso, são altamente resistente ao impacto e possuem com muita flexibilidade, dispensa a necessidade de flutuadores externos.
É amplamente utilizado para impermeabilização berçário para crescimento de alevinos e também engorda de peixes.
O PEAD é recomendado para tilápia, peixes redondos e nativos como tambaqui, pirarucu, matrinxã, piauçu e etc, podendo ser instalado em rios, reservatórios, açudes e lagos.
Geomembranas em PEAD
Devido à natureza dos seus componentes sintéticos a geomembrana é flexível.
Ou seja, tendo uma grande capacidade de deformação e, portanto, acomodação aos substratos e às superfícies irregulares.
Além da maleabilidade, a geomembrana apresenta maior resistência a produtos químicos que as membranas comuns.
Devido a isso, é ideal para implantação em tanques de piscicultura e carcinicultura.
Essa característica, em conjunto com a sua alta impermeabilidade e seu caráter atóxico, a torna uma excelente aliada para a preservação ambiental.
Isso porque uma vez que evita a contaminação do solo, de rios, afluentes e lençóis freáticos.
Dessa forma, ela serve de barreira de proteção de água potável e de contenção de resíduos industriais, agrícolas e, até mesmo, radioativos (a água levaria cerca de 3 mil anos para atravessar 1 mm de espessura da geomembrana).
Além disso, outro fator que faz a geomembrana ser durável é o fato de ela não interagir com microrganismos diversos.
Em resumo, isso impede o surgimento de algas e outras biotas que poderiam danificá-la.
Essa membrana sintética é, além de tudo, resistente aos raios ultravioletas (UV).
Essa condição é extremamente importante, principalmente para aquelas construções em que a borda do material fica exposta ao sol constantemente.
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